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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

As mulheres mais procuradas pelo FBI.


Há 40 anos, a ativista e terrorista do Partido Pantera Negra, Joanne Chesimard — que adotou o nome de Assata Shakur e é tia do rapper Tupac Shakur (morto em 1996) —, participou do assassinato de um policial em New Jersey.
Embora ela tenha sido presa, julgada e condenada pelos seus crimes (que também incluíam assalto à mão armada, outros assassinatos e sequestro), Joanne conseguiu escapar da prisão em 1979 e fugiu para Cuba cinco anos depois.
Porém, o seu paradeiro passa longe de estar esquecido e, no início de 2013, o FBI anunciou uma recompensa de 2 milhões de dólares em troca de qualquer informação que leve à prisão de Chesimard.
Atualmente, Joanne encabeça a lista dos 10 criminosos mais procurados do FBI, mas ela não foi a primeira mulher a figurar nesse ranking. Confira abaixo as histórias de mais algumas mulheres que fizeram o FBI suar a camisa na caçada por elas.

Em 1968, Ruth Eisemann-Schier foi a primeira mulher na história a aparecer na lista dos mais procurados do FBI. Junto com seu então namorado Gary Steven Krist, Ruth sequestrou a herdeira de um grande empresário de Flórida, Barbara Jane Mack, a fim de conseguir um bom resgate.
A família de Mackle pagou um resgate de 500 mil dólares e a garota, de 20 anos, retornou viva e sem ferimentos. O companheiro de crime, Gary, foi preso logo em seguida. Porém, Ruth conseguiu se safar durante 11 semanas antes de ser pega pela polícia. Ela foi julgada, condenada e sentenciada a sete anos de prisão, dos quais ela cumpriu quatro — depois, ela foi deportada para Honduras, o seu país de origem.


Pouco depois de Ruth Eisemann-Schier sair da lista dos mais procurados, Marie Dean Arrington ocupou o seu lugar. Após um advogado defender, sem sucesso, dois filhos de Arrington sob a acusação de roubo, ela assassinou a secretária do defensor em Leesburg, na Flórida. Ela foi presa e condenada à morte. No entanto, no dia 1º de março de 1969, Marie escapou da prisão.
Ela só foi capturada anos depois de sua fuga, sendo que mais 10 anos foram acrescentados em sua sentença. Ao mesmo tempo, sua sentença de morte foi comutada depois de a Suprema Corte decidir que a pena capital era inconstitucional em 1972.

Angela Davis foi uma criminosa bastante improvável por ser uma estudante que acumulou cursos na área de filosofia em universidades renomadas dos Estados Unidos e até em Sorbonne, em Paris. No entanto, além de seus estudos, Angela tinha um forte interesse em ativismo político e integrou diversos grupos radicais negros que lutavam por direitos civis.
Trabalhando como professora na Universidade da Califórnia, Angela também dava suporte aos prisioneiros da Prisão Soledad. Ela acabou se envolvendo com as questões de um grupo de três presos, que assassinaram um guarda, e comprou armas para eles fugirem.
A tentativa de fuga deu errado no dia 7 de agosto de 1970, quando o grupo estava sendo julgado em um tribunal. Neste local, houve um tiroteio que deixou quatro pessoas mortas, incluindo o juiz e um dos três presos. Então, foi constatado que as armas usadas pelos criminosos foram registradas por Angela, que também estava apaixonada por um deles.
Apesar disso, ela ainda teve tempo para escapar e entrou na lista dos mais procurados do FBI. Dois meses depois, Angela foi capturada, mas o julgamento chamou a atenção internacional e sofreu pressão por sua libertação. Então, dois anos após sua captura, Davis foi absolvida de suas acusações, que incluíam conspiração criminosa, sequestro e assassinato.

Assim como Angela Davis, Bernardine Dohrn Rae tinha um histórico de um desempenho acadêmico exemplar antes de aparecer na lista dos mais procurados do FBI, mas também acabou se envolvendo em um grupo radical que queria derrubar o governo norte-americano.
Ela ocupou a lista dos mais procurados em outubro de 1970 e permaneceu nela por três anos por suas atividades abusivas durante os dias de manifestações, o que resultou em centenas de milhares de dólares em danos materiais, dezenas de feridos e cerca de 300 prisões. Apesar disso, Dohrn foi removida da lista após suas acusações serem retiradas por um juiz federal.
Susan Edith Saxe e Katherine Ann Power


As colegas de quarto Susan Edith Saxe e Katherine Ann Power não pareciam ter o perfil de criminosas. No entanto, elas estavam envolvidas em uma conspiração para fornecer armas e dinheiro ao grupo Panteras Negras em 1970. Para isso, a dupla participou de uma série de assaltos.
Susan, Katherine e outras três pessoas conseguiram roubar um arsenal da Guarda Nacional em Massachusetts, fazendo a rapa em armas e centenas de munições e causando um prejuízo de milhares de dólares em danos materiais. As armas foram usadas em um assalto a banco, que resultou na morte de uma delegada de polícia. Susan conseguiu fugir, ficando cinco anos sendo caçada pelo FBI. Ela foi presa na Filadélfia, em 1975, cumprindo sete anos de xadrez. Já Katherine também fugiu, alcançando mais êxito em sua escapada e ficando foragida durante 23 anos. Em 1984, ela negociou a sua rendição com o FBI e passou seis anos atrás das grades. 

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