Descoberta coloca lua gelada de Saturno como um dos locais mais prováveis onde a vida ter se desenvolvido no Sistema Solar fora da Terra. Encélado, em Saturno, não era nem lembrada quando se pensava nos locais do Sistema Solar que poderiam ter vida. Então, porém, imagens da sonda Cassini, da NASA, revelaram jatos de vapor d'água sendo lançados ao espaço a partir de fissuras na crosta de gelo de seu Polo Sul, gerando uma forte suspeita de que um oceano líquido poderia estar escondido abaixo da sua superfície gelada. Agora, medições das variações no campo gravitacional de Encélado feitas com ajuda da própria Cassini confirmaram esta suspeita, elevando a lua a um dos mais prováveis lugares onde a vida também pode ter se desenvolvido na nossa vizinhança cósmica, junto com a lua jupiteriana de Europa.
De acordo com os cientistas, o oceano com pelo menos 10 quilômetros de profundidade está preso sob uma camada de gelo com entre 30 e 40 quilômetros de largura no Polo Sul de Encélado, mas pode estender-se até o equador e mesmo o Norte da lua, que tem cerca de 500 quilômetros de diâmetro. Mas não é só a presença de água em estado líquido que faz de Encélado tão forte candidata a ser o primeiro local do Sistema Solar onde vida poderia ser encontrada fora da Terra. As medições de seu campo gravitacional também mostram que a lua provavelmente tem um núcleo rochoso em contato direto com o oceano, o que forneceria os demais elementos para o surgimento de organismos vivos como conhecemos, como fósforo, enxofre e potássio. Além disso, análises anteriores feitas com os instrumentos a bordo da Cassini detectaram a presença de moléculas orgânicas simples misturadas à água dos jatos, como metano, etano e dióxido de carbono.
O material dos jatos no Polo Sul de Encélado contém água salgada e moléculas orgânicas, os ingredientes químicos básicos da vida - destaca Linda Spilker, cientista da missão Cassini no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL) e uma das coautoras de artigo sobre a descoberta, publicado na edição desta semana da revista “Science”. — Sua descoberta expandiu nossa visão sobre a “zona habitável” de nosso Sistema Solar e em sistemas planetários em torno de outras estrelas. Esta confirmação de que um oceano de água está por trás dos jatos aprofunda nossa compreensão sobre estes intrigantes ambientes.
E o único candidato provável para este material lá é água — diz David Stevenson, professor de ciência planetárias do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e também integrante do grupo de pesquisadores responsável pela descoberta. — E isso também nos dá uma possível explicação do porquê da água estar jorrando destas fissuras que vemos no Polo Sul (de Encélado).
Fonte: O Globo
A questão que se coloca: vida em outros planetas, é muito mais impressionante e misteriosa e indecifrável do que se pode imaginar. Não sou do ramo da Astronomia, mas li bastante sobre o assunto e angariei alguns conhecimentos poucos sobre o caso. Vou citar apenas uma fração destes para vermos o quanto sabemos muito e quase nada. Vejamos uma questão: onde o Universo começou e terminará? Houve o Big Bang, mas e como se chegou a ele (se vamos aprofundar, há sempre um momento anterior e uma conclusão de que não há um início efetivo: sempre há um momento ou um estado anterior). Parece absurdo dizer que não tem fim, também, mas se ocorresse um explosão, uma desintegração absoluta, teríamos apenas a mutação em meros novos elementos, etc! Enfim, não há resposta lógica alguma. Por fim, vejamos a questão da vida: nós, terráqueos, só conhecemos a orgânica, praticamente. Porém, podem existir vidas, digamos, energéticas, ou nem sequer imaginadas ou previsíveis, evidente. E a questão do tempo? Nada impede que estejamos num estágio muitíssimo inferior ou superior a alguns dos tantos trilhões ou das quantias incalculáveis de recantos universais, claro. Quantas estrelas, planetas, astros, já podem ter nascido, crescido e morrido com suas infinitas formas de vida, e que talvez tenham sumido até todos os seus vestígios (tudo reorganizado na forma de novos elementos: inclusive nós podemos ser pó de estrelas). Bem, é fascinante, intrigante, e vamos torcer para que em nossa geração se ache alguma vida extraterrena, pelo menos.
ResponderExcluirConcordo! Tudo relacionado ao espaço é meio "INCERTO". Nem os Cientistas se garantem direito na ida ao espaço; é muito incerto se eles vão voltar com vida ou não! Claro que não é uma crítica, é uma realidade. O humano já está MUITO desenvolvido, porém na questão do espaço eles deixam a "desejar" nunca temos uma resposta concreta do que eles realmente estão fazendo ou pesquisando, porém.. o espaço encanta a "todos" e muitos querem descobrir qual são os seus mistérios, e sim vamos torcer para que eles achem uma descoberta importantíssima para o nosso universo. Muito obrigada pelo seu comentário, gostei muito! Abraços.
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